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5 de setembro de 2012

Resenha Premiada #18 - O Príncipe e o Mendigo - Mark Twain



O Príncipe e o Mendigo

Autor: Mark Twain
Título original: The prince and the pauper
Tradutor: Veronica Romano
Editora: Martin Claret
Data: 2012
Número de páginas: 217 p.
Coleção: A Obra-prima de cada autor; 112
ISBN: 9788572328579

SINOPSE
Na antiga cidade de Londres, num certo dia de outono, na metade do século XVI, nasceu um menino numa família pobre, de sobrenome Canty, que não o queria.
No mesmo dia, nasceu outro menino inglês, numa família rica, de sobrenome Tudor, que muito o queria. Toda a Inglaterra o queria. A Inglaterra o desejava, esperava e rezava tanto a Deus por ele, que as pessoas quase enlouqueceram de alegria com sua chegada.

COMENTÁRIOS
O Príncipe e o Mendigo é um clássico, publicado pela primeira vez em 1880. A história, ambientada no século XVI, retrata uma Inglaterra devastada pelos anos de guerras contra a França e onde impera a desigualdade social. O regime era a monarquia e a palavra do Rei era a lei absoluta. Neste intenso contexto histórico nascem dois meninos: Tom Canty, aquele que ninguém queria e Eduardo Tudor, o festejado Príncipe de Gales.

Tom morava com sua família, a mãe pedinte, o pai ladrão, uma avó diabólica e duas irmãs ignorantes, todos em um quartinho de uma residência abandonada, onde se acumulavam miséria, sujeira, fome e pessoas.

Ainda assim Tom considerava sua vida boa, principalmente no verão. Ah o verão... era então que ele sonhava.


“Sua mente ficava cheia dessas coisas maravilhosas e muitas noites, quando deitava no escuro, em sua palha escassa e desconfortável, cansado, com fome e sofrendo com tantos insultos, ele soltava a imaginação e logo se esquecia da dor, imaginando-se na vida de um príncipe num castelo suntuoso.” p. 19-20

Sua fantasia era tão real, que aos poucos mudou sua rotina e seu comportamento. Passou a falar cerimoniosamente, comportar-se com decoro e até imitar os nobres. Seus amigos eram sua corte e todos o admiravam. Mas quando a realidade se impunha, na forma das surras, fome e frio, a amargura se intensificava.

Um dia Tom vagava em busca de esmolas quando percebeu estar próximo de Westminster, o palácio real e mesmo envolto em trapos se aproximou.

“Um garoto gracioso, bronzeado e forte, por conta dos exercícios ao ar livre, cujas roupas eram de seda e cetim, com muitas joias; em sua cintura, uma pequena espada e um punhal cravejado com pedras preciosas; sapatos delicados de sola vermelha em seus pés; e em sua cabeça um alegre chapéu carmim, com plumas presas com uma linda pedra brilhante. (...) Ah! Ele era um príncipe (...).” p. 23

A partir de então, se desenrola uma cena inusitada e os meninos trocam de identidade e lugar. A confusão é compreensível, já que ambos são exatamente iguais. Ao mesmo tempo em que a troca liberta os meninos do controle de pais opressivos, também apresenta perigos inesperados. É apenas o início de uma aventura.

Enquanto Tom passa a viver no castelo, rodeado pelas suas fantasias e tendo seus mais secretos desejos atendidos, Eduardo se vê em meio a uma realidade que nunca cogitou. Perdido em uma cidade que para ele é estranha, logo é obrigado a agir como pode e amadurece depressa, enquanto busca uma maneira de voltar ao trono.

“Naquela mesma hora, Eduardo, o verdadeiro rei, com fome e com sede, sujo e cheio de lama, rendido pelo cansaço da viagem, vestido com trapos e pedaços de pano, resultado do motim, estava enfurnado numa multidão de pessoas que observava, com grande interesse, certos grupos de trabalhadores apressados que entravam e saíam da Abadia de Westminster, tão ocupados quanto as formigas: eles cuidavam dos últimos preparativos para a coroação.” p. 181

A partir de um tema recorrente, a troca da identidade, temos um enredo bem elaborado, com diálogos instigantes e situações que mesclam drama e emoção. A história é voltada para o público infantojuvenil e retrata de maneira lúdica questões emblemáticas como desigualdade social, preconceito, injustiça e hipocrisia.

Uma leitura leve, que apesar do texto marcado por longos parágrafos é muito envolvente e fácil de acompanhar. Um único detalhe me incomodou durante a leitura, a tradução do nome do príncipe de Eduard para Eduardo. Não sei exatamente por que, mas parece que não combina.
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11 comentários:

  1. Meus tempos de leitora que podia ler um livro assim.... agora não posso, não me deixam, tenho que ler sempre livro pra resenha, claro tenho minhas fugas com os de banca.

    Eu li esse livro no colégio (nossa deleta!!! faz tempo), na época impliquei também com os longos parágrafos, mas você tem razão mesmo assim a leitura flui.
    Adorei a resenha amiga, lembrou dos bons tempos de ficar de pernas para ar, encontrando preocupações inexistentes kkkkkkkkk

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    1. A temática do livro é bem bacana, recomendo muito para adolescentes. Bjkas!

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  2. Adorei a promo!! Participando!
    Beijos, Camila - Emoções em Páginas

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  3. "Tudor" é uma palavra que me atrai tanto quanto um bolo de nossa miguinha Dri. A história é cheia de contratempos, muitas vezes mais inacreditável que a própria ficção. Nunca li Twain, a gente acaba dando prioridade para livros modernos e nos esquecemos dos clássicos. Quero me redimir rapidinho. Sua resenha está maravilhosa, com quotes que deixam água na boca.

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    1. Rodolfo,
      Gosto muito de clássicos, mesmo assim leio poucos quando comparados com os atuais. Precisamos ter mais tempo para dar conta de tantos livros!
      Bjkas.

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  4. Monique, eu também não curto nomes traduzidos... sempre me incomoda >< hahahahahaha
    Eu nunca li essa história, mas como bastante do autor e tenho vontade de conhecer esse livro! Parece bem bacana mesmo =D

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  5. Ha tanto tempo que não leio um Clássico! Acho que o ultimo que li foi Os Miseráveis, e isso já faz tanto tempo...me deliciei lendo sua resenha Monique, me despertou uma vontade imensa de ler um livro assim, juro que não me incomodo com a tradução de nomes, pelo contrário, quando o nome é meio complicado, eu já faço uma traduçãozinha básica na cabeça,ehehehe!
    Quero muito ganhar!!! Bjo!

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  6. Já participando da promoção!!!
    Convido-a para seguir e comentar:
    http://eternamente-princesa.blogspot.com.br/

    Bjs

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  7. Estou aos poucos comprando livros clássicos, e esse com certeza está na lista, Inglaterra antiga está entre um dos meus cenários favoritos!

    Boa Resenha! Participando clarooo!

    Miquilis: Bruna Costenaro

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