A Volta ao Mundo em 80 Dias
Autor: Júlio Verne
Título original: Le tour du monde em quatre-vingt jours
Tradutor: Pietro Nassetti
Editora: Martin Claret
Data: 2009
Número de páginas: 198 p.
ISBN: 9788572322881
SINOPSE DA CONTRACAPA
A fulgurante imaginação de Júlio Verne constitui a base da popularidade universal de seus romances, precursores da moderna ficção-científica.
Verne foi um dos mais conhecidos escritores de romances de aventuras de sua época; ele uniu ao vigor narrativo sua convicção no progresso da humanidade, o que lhe permitiu pressagiar muitos avanços científicos posteriores – submarino, televisão e viagens espaciais.
A Volta ao Mundo em 80 Dias, é a sua obra de plenitude literária, vinda a público em 1873, despertou enorme expectativa durante sua publicação seriada, no Le Temps.
COMENTÁRIOS
Toda obra de Júlio Verne é um clássico e esse particularmente é a que mais me atrai. Talvez pela magia de conceber uma ‘volta ao mundo’ em uma época em que uma simples viagem de poucos quilômetros levava dias. Talvez porque a primeira vez que li o livro tinha apenas 10 anos e me coloquei no papel do protagonista, viajando por terras distantes e enfrentando as mais diversas aventuras.
A história começa descrevendo o venerável Fíleas Fogg como um típico cavaleiro inglês da época: nobre, rico, membro do Clube Reformador e um tanto excêntrico. Tal excentricidade o fez despedir seu único criado por uma falta mínima.
“(...) o moço cometera a falta de trazer-lhe, para a barba, a água a oitenta e quatro graus Fahrenheit, em vez de oitenta e seis, como deveria ser.” p. 15
É então que Fíleas contrata como criado Fura-Vidas, um francês extravagante, que estava em busca de uma vida calma com o patrão perfeitamente correto.
Solitário, cheio de regras, manias e extremamente convicto das suas opiniões, determinado dia Fíleas fica indignado com a opinião de membros do seu clube sobre um artigo do jornal e propõe uma aposta.
“– Um verdadeiro inglês não graceja nunca quando se trata de uma coisa tão séria como uma aposta – redargüiu Fíleas Fogg. – Aposto vinte mil libras, contra quem quiser, que farei a viagem à volta do mundo em oitenta dias ou menos, isto é, em mil, novecentas e vinte horas, ou cento e quinze mil e duzentos minutos. Aceitam?” p. 26
Sua certeza é tanta que os colegas nem pensam em recusar. Pobre do Fura-Vidas, que só queria um pouco de paz e tranqüilidade. É a partir desse instante que a vida desses dois não será a mesma, e o criado repentinamente se vê fazendo as malas e sendo arrastado pelo patrão para uma viagem mal percebendo o que acontece.
“Fura-Vidas, com os olhos extraordinariamente arregalados, as pálpebras e as sobrancelhas levantadas, os braços caídos, o corpo meio curvado, apresentava naquele momento todos os sintomas do espanto levado aos limites da estupefação.
- Volta ao mundo! – murmurou ele.” p. 28
Toda aventura parece muito bem programada, mas Fíleas não contava com uma ingrata coincidência... Na mesma ocasião acontece um grande roubo em um famoso banco de Londres e qual melhor disfarce para o ladrão do que uma aposta e posterior viagem? Pelo menos é o que pensa o Detetive Fix, encarregado das investigações.
“Pareceu evidente que, dando por pretexto uma viagem em volta do mundo e apoiando-se em aposta insensata, só tinha por fim despistar os agentes da polícia inglesa.” p. 34
Assim desenrola-se uma sequência de aventuras, partindo de Londres em direção a Suez, Bombaim, Calcutá, Hong Kong, Yokohama, São Francisco, Nova Iorque até retornar a Londres. Cada cidade é palco de dramas, comédias e até tragédias. E cada meio de transporte utilizado é o possível, alguns até mesmo inusitados.
“O elefante soltou grunhidos de satisfação. Em seguida, agarrando Fura-Vidas e enrolando-o com a tromba, levantou-o até a altura da sua enorme cabeça.” p. 77
Para aumentar a emoção o Detetive Fix segue em uma caçada implacável ao suposto criminoso até o emocionante desfecho.
“O detetive – há que reconhecer que essa hipótese era lógica – começava já a lamentar-se de ter-se metido naquele assunto.” p. 177
Um clássico delicioso, que mesmo tendo sido publicado pela primeira vez em 1873 não deixa nada a desejar em termos de aventura e inovação. A criatividade do autor e perfeição da história é indiscutível e extremamente cativante. A linguagem é simples e a leitura flui facilmente. Recomendo para todas as idades!
Querida Monique, clássicos são clássicos e como tais são obrigatórios. Muitas vezes me deparo com livros dessa natureza e não penso duas vezes, compro logo. Quase sempre precisamos ler um pouco sobre a época, contextualizar pra não ficarmos perdidos, mas é sempre mais prazeroso quando assim o fazemos. Envergonhado confesso que nunca li nada de Julio Verne, infelizmente. Mas quero corrigir este meu erro o mais rapidamente possível, ainda mais depois de tão bela resenha. Fileas Fogg já está no imaginário popular, então tem que entrar em minha biblioteca.
ResponderExcluirEste livro é fantástico!! Não tem como não viajar e imaginar tudo com os personagens! Amo!!! E o filme também é maravilhoso!!!
ResponderExcluirOi Monique, acabei de conhecer o seu blog! Então, acredita que eu nunca li esse livro... Mas bateu uma vontade agora, vou procurar!! Vou ficar sempre passando por aqui agora =D bjs
ResponderExcluirDana
www.feedyourhead.com.br
Ai, é mesmo uma hsitória deliciosa *-* E dentre os que já li de Julio Verne é esse o que mais me agrada \o/
ResponderExcluirBeijos,
Nanie - Nanie's World
Oi Monique vim agradecer por vc participar da promoção e do blog!
ResponderExcluirBjos!
http://www.meusolhosleem.blogspot.com
Como eu sou verniana, desde adolescente amo Júlio Verne ,não poderia deixar de vir aqui dar os parabéns pelo post e pela resenha. Esse livro de Verne é um dos que mais aprecio *.*
ResponderExcluirBeijos
Vivi
http://vivianeblood.blogspot.com/2012/01/dicas-da-july_28.html
Acho fantástico q os blog não falem apenas dos livros recentes, mas q privilegiem os clássicos tb, parabéns!!!
ResponderExcluirTambém faço isso no meu blog, dá uma passadinha lá: minhavelhaestante1.blogspot.com
Acho fantástico q os blogs falem também sobre livros antigos e não só dos lançamentos, não podemos nos esquecer dos grandes clássicos.
ResponderExcluirFaço isso tb no meu blog: minhavelhaestante1.blogspot.com